Psicoterapias fenomenológico-existenciais e doença de Alzheimer: reflexões e possibilidades no tratamento da família e dos cuidadores da pessoa portadora de Alzheimer
Resumo
O presente artigo pretende, através de pesquisa bibliográfica e de estudo de caso, provocar reflexões, a partir de produções da ciência psicológica com bases fenomenológico-existenciais, sobre o tratamento das pessoas envolvidas com a doença de Alzheimer. Sabe-se que a Psicologia Humanista e a Gestalt-terapia, apesar de apresentarem bases epistemológicas relativamente similares à proposta da psicoterapia fenomenológico-existencial, têm suas divergências relacionadas ao método de abordagem de seus psicoterapeutas. Sendo a doença de Alzheimer uma demência cada vez mais recorrente no mundo entre os idosos, a maior parte das abordagens psicológicas tenta se adaptar às novas demandas de seus clientes de acordo com seus arcabouços teóricos. Conclui-se que as abordagens apresentam similaridades no que tange ao tratamento dos familiares e cuidadores do doente. Ou seja, as abordagens focam-se muito na saúde psíquica das pessoas em volta do cliente, considerando a importância desses familiares e/ou cuidadores e que serão eles os responsáveis por possibilitar uma boa qualidade de vida ao portador de Alzheimer. Estudos sobre o tratamento do Alzheimer e a melhora do quadro clínico, nessas abordagens, são incipientes e reduzidos.
Downloads
Referências
BEZERRA, Márcia Elena Soares; BEZERRA, Edson do Nascimento. Aspectos humanistas, existenciais e fenomenológicos presentes na abordagem centrada na pessoa. NUFEN. v.4, n.2, jul. – dez., 21-36, 2012.
BRASIL, Mariana Costa; ANDRADE, Celana Cardoso.Reconfiguração de campo do familiar cuidador do portador de Alzheimer. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 18, n. 4, p. 713-723, out./dez. 2013.
BRITO E SILVA, Rafaella; BOAVENTURA, Carolina Brum Faria. Psico-oncologia e gestalt-terapia: uma comunicação possível e necessária. Revista da Abordagem Gestáltica. XVII(1): 37-46, jan. – jun., 2011.
FONSECA, Afonso Henrique Lisboa da. O que chamamos de grupo? In: Grupo - fugacidade, ritmo e forma: processo de grupo e facilitação na psicologia humanista. São Paulo: Ágora, 1988.
FONSECA, Afonso Henrique Lisboa da. Experimentação fenomenológico existencial em Gestalt Terapia. Inédito. Maceió, 2010.
FONSECA, Afonso Henrique Lisboa da. A experiência e a metodologia gestalticas. Compreensão, implicação, gestaltificação, dialógica e grupos. Inédito. Maceió 2014.
FREITAS, Joanneliese de Lucas; STROIEK, Nutty Nadir; BOTIN,Débora. Gestalt-terapia e o diálogo psicológico no hospital: uma reflexão. Revista da Abordagem Gestáltica. XVI(2): 141-147, jul. – dez., 2010.
HOLANDA, Adriano Furtado de. Gestalt-terapia e abordagem gestáltica no Brasil: análise de mestrados e doutorados (1982 – 2008). Estudos e pesquisas em psicologia, UERJ, RJ, n. 1, ano 9, p. 98 – 123, 2009.
LIMA, Juliane Silveira. Envelhecimento, demência e doença de Alzheimer: o que a psicologia tem a ver com isso?Revista de Ciências Humanas, Florianópolis, EDUFSC, n. 40, p. 469-489, 2006.
MOREIRA, Virgínia. A Gestalt-terapia e a abordagem centrada na pessoa são enfoques fenomenológicos?Revista da Abordagem Gestáltica. XV(1): 3-12, jan. –jun., 2009.
NITRINI, Ricardo et al. Diagnóstico de doença de Alzheimer no Brasil. Arquivo Neuropsiquiatra, 63(3-A):720-727, 2005.
OLIVEIRA, Maria de Fátima et al. Doença de Alzheimer: perfil neuropsicológico e tratamento. Universidade Lusíada do Porto - Departamento de Psicologia, 2005.
SOARES, Flávio. Módulo II (demências). Maceió, AL: Instituto de Pesquisa em Saúde Mental, 2015.
VENTURA, Magda Maria. O estudo de caso como modalidade de pesquisa. SOCERJ;20(5):383-386, set./out. 2007.