SELAMENTO DE PERFURAÇÃO RADICULAR CERVICAL SEM RETRATAMENTO ENDODÔNTICO: RELATO DE CASO

Autores

  • Adriana Pacheco de Oliveira CESMAC

Resumo

As perfurações radiculares são canais artificiais causados por patologias (reabsorção ou cárie) ou iatrogenias durante o tratamento endodôntico, que geram comunicações endo-periodontais. Os fatores que afetam diretamente o prognóstico são: a localização, o tempo decorrido até o reparo e o tamanho da perfuração. Geralmente, as perfurações localizadas na região cervical estão relacionadas ao crescimento epitelial gerando, posteriormente, problemas periodontais, o que implica em necessidade de uma avaliação periodontal como um dos fatores para a decisão da terapia, que poderá ser cirúrgica ou não, ou mesmo a combinação de ambas. O objetivo desse trabalho foi relatar um caso clínico de selamento de perfuração radicular cervical com Agregado Trióxido Mineral de Incisivo Central Superior previamente tratado endodonticamente, apresentando guta-percha extravasada pelo defeito e lesão associada, com a realização de cirurgia periodontal e sem retratamento endodôntico. O tratamento consistiu na remoção do excesso de guta-percha e do tecido de granulação presentes, sendo a via de acesso utilizada a extracoronária, obtida através de cirurgia periodontal.  A seguir, o defeito foi corrigido com a aplicação de cimento à base de Agregado Trióxido Mineral e a obturação radicular permaneceu. Após oito meses de acompanhamento, observou-se o reparo da perfuração e a redução da lesão inicial. Concluiu-se que a avaliação multidisciplinar é de fundamental importância no planejamento de casos de perfuração radicular e que o caso relatado evoluiu bem, com a diminuição dos sintomas clínicos e do tamanho da lesão, no entanto deve ser proservado por um período maior, devido à amplitude da extensão do dano.

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Publicado

12-11-2015

Como Citar

Pacheco de Oliveira, A. (2015). SELAMENTO DE PERFURAÇÃO RADICULAR CERVICAL SEM RETRATAMENTO ENDODÔNTICO: RELATO DE CASO. REVISTA INCELÊNCIAS, 5(1). Recuperado de https://revistas.cesmac.edu.br/incelencias/article/view/434