QUEIMADURA EM MUCOSA BUCAL POR ALHO: RELATO DE CASO

Autores

  • Vanessa de Carla Batista dos Santos CESMAC

Resumo

Alho é considerado um medicamento valioso que tem sido utilizado durante séculos para o tratamento de várias doenças. Junto com seus benefícios, vêm alguns efeitos adversos como queimação em boca e dermatites. Portanto, queimadura por alho deve ser considerado um diagnóstico diferencial das ulcerações em boca, especialmente quando não for  possível identificar outra etiologia que possa ser associada a patologia . Nestes casos é importante questionar o uso de produtos a base de plantas e remédios caseiros. Relatamos o caso do paciente J.A., gênero masculino, 78 anos, que compareceu ao consultório de Estomatologia encaminhado pelo seu clínico para avaliação de um inchaço no rosto, associado á ulcerações em boca com evolução de dois dias. Ao exame extra oral foi observado edema em região massetérica e submandibular do lado direito. No exame bucal foram observadas lesões ulceradas em mucosa jugal, do mesmo lado em toda extensão da mucosa, em algumas áreas as lesões estavam recobertas por pseudomembranas esbranquiçadas. A hipótese diagnóstica foi úlcera por queimadura química. Na investigação desta hipótese o paciente relatou o hábito de mascar alho nesta região. Foi realizado tratamento com solução aquosa de clorexidina a 0,12% em forma de bochecho e corticóide sistêmico. O paciente retornou com sete dias com ausências das lesões. O mesmo foi orientado e aconselhado a suspender o hábito. O conhecimento dos cirurgiões dentistas a respeito das características das lesões provocadas por agentes químicos é de fundamental importância, e portanto torna-se valioso fazer uma anamnese correta para investigar o uso de produtos naturais, especialmente o alho, muito pouco relatado na literatura.  O correto diagnóstico é fator imprescindível para obter sucesso no tratamento.  

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Publicado

12-11-2015

Como Citar

Batista dos Santos, V. de C. (2015). QUEIMADURA EM MUCOSA BUCAL POR ALHO: RELATO DE CASO. REVISTA INCELÊNCIAS, 5(1). Recuperado de https://revistas.cesmac.edu.br/incelencias/article/view/445