O GRUPO DE TERAPIA OCUPACIONAL NA SAÚDE MENTAL: A ATIVIDADE COMO POTENCIALIZADORA DE SOCIABILIDADE E PROTAGONISMO

Autores

  • Mara Cristina Ribeiro Centro Universitário CESMAC Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas http://orcid.org/0000-0001-6963-8158
  • Jéssica Bazilio Chaves
  • Rita de Cássia Oliveira Silva
  • Tatiane de Andrade Pereira

DOI:

https://doi.org/10.3333/ps.v6i7.763

Palavras-chave:

Terapia Ocupacional, Saúde Mental, Grupos, Terapêutica, Serviços de Saúde Mental.

Resumo

Partindo da necessidade de um serviço de saúde mental, que reformulava suas ações terapêuticas objetivando mudanças necessárias para a qualificação do cuidado, somado à parceria da instituição com um curso de Terapia Ocupacional de uma universidade pública, o texto relata a experiência de constituição e desenvolvimento de um Grupo de Terapia Ocupacional em um Centro de Atenção Psicossocial. No corpo dessa narrativa são trazidas experiências da formação e do desenvolvimento do grupo, bem como algumas transformações facilitadas por meio das atividades e das ações dos terapeutas ocupacionais e estudantes envolvidos nesse processo. Essa construção terapêutica, que utilizou a atividade como elemento intermediário do cuidado, pôde oferecer vivências singulares aos indivíduos e ao grupo. Os participantes, a partir da ressignificação do fazer nesse contexto, puderam ampliar suas trocas sociais e afetivas, experimentar sentimentos de pertencimento na coletividade e percepção de seus potenciais criativos. Ao final do relato considera-se que as práticas desenvolvidas em serviços de cuidado à saúde mental abertos e comunitários possibilitam processos de transformação, pois ofertam espaços voltados para a produção de vida, de sentido e de sociabilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mara Cristina Ribeiro, Centro Universitário CESMAC Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas

Membro Titular da Academia Alagoana de Educação, possui graduação em Terapia Ocupacional pela Universidade de São Paulo (1996) e especialização em Saúde Pública pela Universidade de Ribeirão Preto (2002). Concluiu o Mestrado em Enfermagem Psiquiátrica (2005) e o Doutorado em Ciências (2012) na Universidade de São Paulo, ambos com linha de pesquisa em Políticas e Práticas em Saúde Mental. É Professora Titular da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas e Professora Titular do Programa de Mestrado Profissional de Pesquisa em Saúde do Centro Universitário CESMAC.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada e Temática. Centro de Atenção Psicossocial e Unidades de Acolhimento como lugares da atenção psicossocial nos territórios: orientações para elaboração de projetos de construção, reforma e ampliação de CAPS e de UA. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/centros_atencao_psicossocial_unidades_acolhimento.pdf. Acesso em 03.04.2017

RABELO AR, MATTOS AAQ, COUTINHO DM, PEREIRA NN. Um manual para o CAPS: Centro de Atenção Psicossocial. Salvador: Departamento e Neuropsiquiatria da UFBA, 2005.

ZIMERMAN D. Fundamentos básicos das grupoterapias. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

BARROS RDB. Grupo e produção. IN: LANCETTI A. (Org.) SaúdeLoucura n. 4, Grupos e Coletivos, 2ª. ed. São Paulo:Hucitec, 2009.

SAMEA M. O dispositivo grupal como intervenção: reflexões a partir da prática em Terapia Ocupacional. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2008, maio/ago; 19(2):85-90. DOI: http://dx.doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v19i2p85-90

COSTA SL. Prefácio. IN: MAXIMINO V, LIBERMAN F (Org.) Grupos e terapia ocupacional: formação, pesquisa e ações. São Paulo: Summus, 2015.

BALLARIN MLGS. Algumas reflexões sobre grupos de atividades em Terapia Ocupacional. IN: PÁDUA EMM, MAGALHÃES LV. (Org.)Terapia Ocupacional: Teoria e Prática. Campinas: Papirus, 2003, p. 63-78.

LIMA, EMFA, OKUMA DG, PASTORE MN. Atividade, ação, fazer e ocupação: a discussão dos termos na Terapia Ocupacional brasileira. Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar, São Carlos, 2013; 21(2):243-54. DOI: http://dx.doi.org/10.4322%2Fcto.2013.026

RIBEIRO MC, MACHADO AL. A Terapia Ocupacional e as novas formas de cuidar em saúde mental. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo. São Paulo, São Paulo, 2008, mai./ago; 19(2):72-75. DOI: http://dx.doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v19i2p72-75

MERHY EE. O CAPS e seus trabalhadores: no olho do furacão antimanicomial. Alegria e alívio como dispositivos analisadores. IN: MERHY EE, AMARAL H. (Org.) A reforma psiquiátrica no cotidiano II. São Paulo: Hucitec; 2007. p. 55-66

RIBEIRO MC. Os Centros de Atenção Psicossocial como espaços promotores de vida: relatos da desinstitucionalização em Alagoas. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013, set.-dez; 24(3):174-82. DOI: http://dx.doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v24i3p174-182

Downloads

Publicado

2017-11-13

Como Citar

Ribeiro, M. C., Chaves, J. B., Silva, R. de C. O., & Pereira, T. de A. (2017). O GRUPO DE TERAPIA OCUPACIONAL NA SAÚDE MENTAL: A ATIVIDADE COMO POTENCIALIZADORA DE SOCIABILIDADE E PROTAGONISMO. Revista Psicologia & Saberes, 6(7), 99–113. https://doi.org/10.3333/ps.v6i7.763